- Marcos Santos, Ph.D
- tireoide, tireoidectomia
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A tireoidectomia, conhecida como “cirurgia de tireoide”, é um procedimento no qual parte ou toda a tireoide é removida.
Como qualquer cirurgia, ela pode gerar dúvidas sobre riscos, tipo de cirurgia (tireoidectomia total ou parcial), cicatrizes, recuperação e impacto na saúde como um todo.
Neste artigo, explicaremos quando a tireoidectomia é indicada, as diferenças entre elas, o que esperar do procedimento e como os testes moleculares podem ajudar no diagnóstico e no planejamento cirúrgico.
O que é a tireoidectomia e por que ela é realizada?
A tireoidectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção parcial (tireoidectomia parcial) ou total (tireoidectomia total) da glândula tireoide, que fica localizada na região do nosso pescoço.
A cirurgia é indicada principalmente em dois cenários:
- Doenças benignas: bócios volumosos que causam compressão de estruturas no pescoço, sintomas significativos ou hiperatividade da tireoide (hipertireoidismo).
- Doenças malignas ou suspeitas: nódulos classificados como Bethesda V ou VI, indicando suspeita ou confirmação de câncer de tireoide.
É importante lembrar que cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando alguns fatores como o tamanho do nódulo, sintomas, histórico e a saúde geral do paciente.
Como é realizada a tireoidectomia?
A cirurgia ocorre em ambiente hospitalar sob anestesia geral, sendo realizada por um Cirurgião de Cabeça e Pescoço.
A técnica mais comum envolve uma incisão horizontal na base do pescoço para acessar a glândula. Dependendo do diagnóstico, a cirurgia pode ser:
- Tireoidectomia parcial: remoção de um dos lobos da tireoide, preservando parte da função glandular.
- Tireoidectomia total: remoção completa da glândula, indicada para câncer ou doenças graves.
O procedimento dura entre 1 e 3 horas, e a alta hospitalar geralmente ocorre no dia seguinte.
A cirurgia de tireoide deixa cicatriz?
Tireoidectomia e cicatriz andam juntas quando falamos de cirurgia de tireoide. É muito comum se preocupar com a possibilidade de ficar com uma cicatriz no pescoço.
A tireoidectomia realmente deixa uma marca, mas o tamanho e a aparência variam conforme cada caso.
Técnicas modernas, como sutura subcutânea (feita por dentro da pele) e cuidados específicos no pós-operatório, ajudam a deixar a cicatriz menos visível.
Além disso, em algumas situações, o cirurgião pode optar por abordagens minimamente invasivas ou até robóticas, o que reduz ainda mais a extensão do corte e melhora a questão estética.
Portanto, se essa é sua preocupação, converse com seu médico sobre as diferentes opções disponíveis.
A tireoidectomia é segura?
A cirurgia de tireoide é considerada um procedimento seguro, principalmente quando realizada por equipes experientes. Ainda assim, como em qualquer cirurgia, existem alguns riscos:
- Lesão do nervo laríngeo recorrente: pode provocar rouquidão temporária ou permanente.
- Hipocalcemia: acontece quando as glândulas paratireoides são afetadas, ocasionando queda nos níveis de cálcio do organismo.
- Infecção ou sangramento: complicações pouco frequentes, mas que podem ocorrer.
Para minimizar esses riscos, o ideal é que você faça uma avaliação detalhada antes da cirurgia e siga todas as orientações médicas no pós-operatório.
Assim, você tem mais tranquilidade durante todo o processo, sabendo que está recebendo o melhor cuidado possível.
Quais são os impactos da tireoidectomia na saúde?
Se você vai passar por uma tireoidectomia (remoção parcial ou total da tireoide), é importante entender como isso pode afetar seu organismo.
Algumas mudanças podem acontecer após a cirurgia, como:
- Hipotireoidismo: se você remover toda a tireoide (tireoidectomia total), será necessário fazer reposição hormonal pelo resto da vida, já que seu corpo não produzirá mais os hormônios tireoidianos.
- Alterações na voz: ocasionalmente, você pode perceber sua voz um pouco diferente ou rouca logo após a cirurgia, mas isso tende a melhorar com o tempo na maioria dos casos.
- Necessidade de suplementação de cálcio: em algumas situações, pode ocorrer hipocalcemia (nível baixo de cálcio no sangue), principalmente se as glândulas paratireoides forem afetadas.
Apesar dessas possíveis alterações, a maioria dos pacientes retorna às atividades normais em poucas semanas e mantém uma boa qualidade de vida a longo prazo.
Como o teste molecular mir-THYpe full pode evitar a tireoidectomia?
Se você acompanha nosso blog, você já deve ter ouvido que cerca de 30% dos nódulos na tireoide são classificados como “indeterminados” (Bethesda III ou IV) após a punção aspirativa por agulha fina (PAAF).
Em alguns casos pacientes com nódulos indeterminados (Bethesda III ou IV) são submetidos a cirurgia, pois não se sabe se o nódulo é ou não câncer e para “precaução” alguns médicos optam por realizar a tireoidectomia.
O problema é que a maioria desses nódulos, mesmo sendo indeterminados, acaba sendo benigna, o que torna a cirurgia desnecessária em muitos casos.
É aqui que entra o mir-THYpe full, ele é um teste molecular que analisa o material coletado na PAAF para reclassificar esses nódulos como benignos ou malignos, diminuindo as incertezas diagnósticas.
- Se o resultado for benigno: A cirurgia pode ser evitada, permitindo um acompanhamento clínico.
- Se o resultado for maligno: O teste confirma a necessidade da cirurgia e proporciona informações que ajudam a personalizar o procedimento.
Ao evitar cirurgias desnecessárias, o mir-THYpe full reduz os riscos associados à tireoidectomia que citamos acima e preserva a sua qualidade de vida.
Quando o mir-THYpe pre-op é indicado?
Para pacientes com nódulos Bethesda V ou VI, em que a tireoidectomia é realmente necessária, o mir-THYpe pre-op é uma ferramenta para o médico e paciente muito valiosa.
Este teste molecular analisa mutações genéticas e a expressão de microRNAs, com isso traz informações sobre o nódulo que ajudam o médico a ter uma cirurgia mais bem informada, o que permite um planejamento mais detalhado da cirurgia.
- Benefícios do mir-THYpe pre-op:
- Planejamento personalizado: Determina se é necessário remover toda a tireoide ou apenas parte dela.
- Identificação de mutações agressivas: Detecta alterações como BRAFV600E e TERT, que indicam maior agressividade do tumor.
Com o mir-THYpe pre-op, médicos e pacientes podem tomar decisões mais bem informadas, otimizando os resultados cirúrgicos.
Nós podemos te ajudar!
A tireoidectomia é uma solução eficaz para muitas condições da tireoide, mas nem sempre é a única ou a melhor opção.
Testes moleculares como o mir-THYpe full podem evitar cirurgias desnecessárias em casos de nódulos indeterminados, enquanto o mir-THYpe pre-op ajuda a personalizar o planejamento e o tratamento em casos onde a cirurgia é indispensável.
Se você apresenta nódulos na tireoide, sintomas compressivos ou diagnóstico de câncer, entre em contato conosco pelo icone do WhatsApp ou clique aqui e venha entender como os testes moleculares podem te ajudar nesse momento.