Tireoidectomia: o que você precisa saber sobre a cirurgia de tireoide

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A tireoidectomia, conhecida como “cirurgia de tireoide”, é um procedimento no qual parte ou toda a tireoide é removida.

Como qualquer cirurgia, ela pode gerar dúvidas sobre riscos, tipo de cirurgia (tireoidectomia total ou parcial), cicatrizes, recuperação e impacto na saúde como um todo.

Neste artigo, explicaremos quando a tireoidectomia é indicada, as diferenças entre elas, o que esperar do procedimento e como os testes moleculares podem ajudar no diagnóstico e no planejamento cirúrgico. 

O que é a tireoidectomia e por que ela é realizada?

A tireoidectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção parcial (tireoidectomia parcial) ou total (tireoidectomia total) da glândula tireoide, que fica localizada na região do nosso pescoço.

A cirurgia é indicada principalmente em dois cenários:

  1. Doenças benignas: bócios volumosos que causam compressão de estruturas no pescoço, sintomas significativos ou hiperatividade da tireoide (hipertireoidismo). 
  2. Doenças malignas ou suspeitas: nódulos classificados como Bethesda V ou VI, indicando suspeita ou confirmação de câncer de tireoide.

É importante lembrar que cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando alguns fatores como o tamanho do nódulo, sintomas, histórico e a saúde geral do paciente.

 

Como é realizada a tireoidectomia?


A cirurgia ocorre em ambiente hospitalar sob anestesia geral, sendo realizada por um Cirurgião de Cabeça e Pescoço

A técnica mais comum envolve uma incisão horizontal na base do pescoço para acessar a glândula. Dependendo do diagnóstico, a cirurgia pode ser:

  • Tireoidectomia parcial: remoção de um dos lobos da tireoide, preservando parte da função glandular. 
  • Tireoidectomia total: remoção completa da glândula, indicada para câncer ou doenças graves.

O procedimento dura entre 1 e 3 horas, e a alta hospitalar geralmente ocorre no dia seguinte.



A cirurgia de tireoide deixa cicatriz?

Tireoidectomia e cicatriz andam juntas quando falamos de cirurgia de tireoide. É muito comum se preocupar com a possibilidade de ficar com uma cicatriz no pescoço. 

A tireoidectomia realmente deixa uma marca, mas o tamanho e a aparência variam conforme cada caso.

Técnicas modernas, como sutura subcutânea (feita por dentro da pele) e cuidados específicos no pós-operatório, ajudam a deixar a cicatriz menos visível.

Além disso, em algumas situações, o cirurgião pode optar por abordagens minimamente invasivas ou até robóticas, o que reduz ainda mais a extensão do corte e melhora a questão estética. 

Portanto, se essa é sua preocupação, converse com seu médico sobre as diferentes opções disponíveis.

 

A tireoidectomia é segura?

A cirurgia de tireoide é considerada um procedimento seguro, principalmente quando realizada por equipes experientes. Ainda assim, como em qualquer cirurgia, existem alguns riscos:

  • Lesão do nervo laríngeo recorrente: pode provocar rouquidão temporária ou permanente.
  • Hipocalcemia: acontece quando as glândulas paratireoides são afetadas, ocasionando queda nos níveis de cálcio do organismo.
  • Infecção ou sangramento: complicações pouco frequentes, mas que podem ocorrer.

Para minimizar esses riscos, o ideal é que você faça uma avaliação detalhada antes da cirurgia e siga todas as orientações médicas no pós-operatório.

Assim, você tem mais tranquilidade durante todo o processo, sabendo que está recebendo o melhor cuidado possível.


Quais são os impactos da tireoidectomia na saúde?

Se você vai passar por uma tireoidectomia (remoção parcial ou total da tireoide), é importante entender como isso pode afetar seu organismo.

 Algumas mudanças podem acontecer após a cirurgia, como:

  • Hipotireoidismo: se você remover toda a tireoide (tireoidectomia total), será necessário fazer reposição hormonal pelo resto da vida, já que seu corpo não produzirá mais os hormônios tireoidianos. 
  • Alterações na voz: ocasionalmente, você pode perceber sua voz um pouco diferente ou rouca logo após a cirurgia, mas isso tende a melhorar com o tempo na maioria dos casos. 
  • Necessidade de suplementação de cálcio: em algumas situações, pode ocorrer hipocalcemia (nível baixo de cálcio no sangue), principalmente se as glândulas paratireoides forem afetadas. 

Apesar dessas possíveis alterações, a maioria dos pacientes retorna às atividades normais em poucas semanas e mantém uma boa qualidade de vida a longo prazo.



Como o teste molecular mir-THYpe full pode evitar a tireoidectomia?

Se você acompanha nosso blog, você já deve ter ouvido que cerca de 30% dos nódulos na tireoide são classificados como “indeterminados” (Bethesda III ou IV) após a punção aspirativa por agulha fina (PAAF)

Em alguns casos pacientes com nódulos indeterminados (Bethesda III ou IV) são submetidos a cirurgia, pois não se sabe se o nódulo é ou não câncer e para “precaução” alguns médicos optam por realizar a tireoidectomia.

O problema é que a maioria desses nódulos, mesmo sendo indeterminados, acaba sendo benigna, o que torna a cirurgia desnecessária em muitos casos.

É aqui que entra o mir-THYpe full, ele é um teste molecular que analisa o material coletado na PAAF para reclassificar esses nódulos como benignos ou malignos, diminuindo as incertezas diagnósticas.

  • Se o resultado for benigno: A cirurgia pode ser evitada, permitindo um acompanhamento clínico.
  • Se o resultado for maligno: O teste confirma a necessidade da cirurgia e proporciona informações que ajudam a personalizar o procedimento.

 

Ao evitar cirurgias desnecessárias, o mir-THYpe full reduz os riscos associados à tireoidectomia que citamos acima e preserva a sua qualidade de vida.



Quando o mir-THYpe pre-op é indicado?

Para pacientes com nódulos Bethesda V ou VI, em que a tireoidectomia é realmente necessária, o mir-THYpe pre-op é uma ferramenta para o médico e paciente muito valiosa.

Este teste molecular analisa mutações genéticas e a expressão de microRNAs, com isso traz informações sobre o nódulo que ajudam o médico a ter uma cirurgia mais bem informada, o que permite um planejamento mais detalhado da cirurgia.

  • Benefícios do mir-THYpe pre-op: 
    • Planejamento personalizado: Determina se é necessário remover toda a tireoide ou apenas parte dela.
    • Identificação de mutações agressivas: Detecta alterações como BRAFV600E e TERT, que indicam maior agressividade do tumor.

Com o mir-THYpe pre-op, médicos e pacientes podem tomar decisões mais bem informadas, otimizando os resultados cirúrgicos.


Nós podemos te ajudar!

 

A tireoidectomia é uma solução eficaz para muitas condições da tireoide, mas nem sempre é a única ou a melhor opção.

Testes moleculares como o mir-THYpe full podem evitar cirurgias desnecessárias em casos de nódulos indeterminados, enquanto o mir-THYpe pre-op ajuda a personalizar o planejamento e o tratamento em casos onde a cirurgia é indispensável.

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Se você apresenta nódulos na tireoide, sintomas compressivos ou diagnóstico de câncer, entre em contato conosco pelo icone do WhatsApp ou clique aqui e venha entender como os testes moleculares podem te ajudar nesse momento. 

 

Marcos Santos, Ph.D
Biólogo molecular, pesquisador, doutor em genética humana e fundador da Onkos Diagnósticos Moleculares