Principais sinais de que algo está errado com a tireoide

A tireoide é uma glândula que regula a função de órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Para ter ideia da sua importância, ela atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração e até no controle emocional. Para isso, produz os hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina).

Quando algo está errado com a tireoide, pode haver liberação dessas substâncias em quantidade insuficiente ou em excesso, acarretando problemas que podem ocorrer em qualquer etapa da vida¹ . Vamos conhecer os sintomas das condições mais comuns.

 

Hipertireoidismo pode alterar batimentos cardíacos

O hipertireoidismo ocorre quando há uma produção excessiva dos hormônios da tireoide (T3 e T4). Em sua forma mais suave, apenas dá sinais de fraqueza ou sensação de desconforto. Em seu aspecto mais grave, no entanto, a doença pode até matar.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, no hipertireoidismo, ocorre aumento no volume da tireoide que pode ser associado a outros sintomas, como:

  • Registro de ritmo cardíaco acima de 100 batimentos por minuto (condição chamada taquicardia);
  • Irregularidade no ritmo cardíaco, principalmente em pacientes com mais de 60 anos;
  • Nervosismo, ansiedade e irritação;
  • Mãos trêmulas e sudoreicas;
  • Intolerância a temperaturas quentes e probabilidade de aumento da sudorese;
  • Queda de cabelo e/ou fraqueza do couro cabeludo;
  • Rápido crescimento das unhas, com tendência à descamação;
  • Fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas;
  • Intestino solto;
  • Perda de peso importante;
  • Alterações no período menstrual;
  • Aumento da probabilidade de aborto;
  • Olhar fixo;
  • Protusão dos olhos, com ou sem visão dupla (em pacientes com a Doença de Graves);
  • Acelerada perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas.

Entre as causas para o hipertireoidismo estão a Doença de Graves, o bócio, a existência de um nódulo tóxico (que produz mais hormônios da tireoide do que o necessário), tireoidite subaguda, silenciosa ou pós-parto, ingestão excessiva de iodo (presente em comprimidos de alga, expectorantes ou em amiodarona, usada em remédios para arritmia cardíaca) e a superdosagem de hormônios da tireoide² .

 

Ganho de peso pode ter relação com hipotireoidismo

O aumento de volume da tireoide também pode ser observado em caso de hipotireoidismo. Contudo, esse sinal de que algo está errado com a tireoide não é acompanhado de mais produção dos hormônios, mas o contrário: queda nos níveis de T3 e T4.

Especialistas da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade explicam que, na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação chamada Tireoidite de Hashimoto, uma disfunção autoimune. No entanto, também pode afetar os recém-nascidos. Nesse caso, o problema é diagnosticado pelo chamado teste do pezinho e o tratamento deve ser iniciado imediatamente. Afinal, uma deficiência na produção de hormônios da tireoide afeta o desenvolvimento da criança.

Como outras disfunções da tireoide, o hipotireoidismo pode acometer pessoas de ambos os sexos, mas é mais comum em mulheres. Diante disso, existe a orientação dos endocrinologistas de que elas façam o autoexame da tireoide regularmente, especialmente acima de 40 anos.

Entre os sintomas mais comuns do hipotireoidismo estão:

  • Depressão;
  • Desaceleração dos batimentos cardíacos;
  • Intestino preso;
  • Menstruação irregular;
  • Diminuição da memória;
  • Cansaço excessivo;
  • Dores musculares;
  • Sonolência excessiva;
  • Pele seca;
  • Queda de cabelo;
  • Ganho de peso;
  • Aumento do colesterol no sangue.

Entre as complicações causadas pelo hipotireoidismo estão: anemia, coronariopatia e desordens gastrointestinais, neurológicas, endócrinas, metabólicas e renais. Também são comuns as disfunções respiratórias, dislipidemia, glaucoma, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e, no caso de recém-nascidos, retardo mental e surdez.

 

Bócio pode vir acompanhado de nódulo

O bócio, chamado popularmente de papo, tem o aumento de volume como principal alerta de que algo está errado com a tireoide. Muitas das vezes, a condição apresenta nódulos e passa a ser chamada de bócio nodular, que pode ou não interferir no funcionamento da tireoide.

O bócio nodular é mais comum após os 50 anos de idade, quando surgem sintomas compressivos na região da tireoide (dificuldade para engolir ou rouquidão, por exemplo). O problema pode ser identificado, ainda, quando há associação com outras disfunções da glândula, como hiper ou hipotireoidismo ² .

 

Como descobrir que algo está errado

Se você se identifica com os sintomas de que algo está errado com a tireoide, é importante procurar um médico o quanto antes. Inicialmente, o médico faz um exame de apalpação do pescoço para verificar se a tireoide está aumentada. Dependendo do que for observado nesse procedimento e das queixas relatadas, outros exames também podem ser necessários³ .

Para avaliar o funcionamento da tireoide, os médicos normalmente solicitam exames que medem os níveis de hormônios TSH, T3 e T4 no sangue e exames de imagem (especialmente quando é detectado um ou mais nódulos).

Se houver suspeita de câncer na tireoide (uma condição rara), pode ser solicitado um procedimento chamado Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF), que pode avaliar se o nódulo na tireoide é benigno ou maligno. Porém, até 20% dos casos avaliados pela PAAF são indeterminados, ou seja, não é possível concluir se o nódulo é benigno ou maligno. Nódulos indeterminados são aqueles classificados no exame citológico da PAAF como Bethesda III ou IV.

Nestes casos, o médico pode indicar a cirurgia de retirada da tireoide ou, em alguns casos, solicitar um teste genético que vai apontar com precisão a classificação deste nódulo.

A plataforma de testes moleculares mir-THYp foi desenvolvido em parceria com o Hospital do Câncer de Barretos, referência em diagnóstico e tratamento de tumores de tireoide na América Latina, e usa inteligência artificial para diagnosticar a natureza do nódulo indeterminado na tireoide.

O procedimento pode auxiliar o médico a evitar cirurgias diagnósticas desnecessárias, melhorando a qualidade de vida de quem recebe o diagnóstico de nódulo indeterminado na tireoide. Se você sofre com o problema, vale a pena conhecer!

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Referências:

  1. Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia: http://www.tireoide.org.br/o-que-e-a-tireoide/
  2. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade: http://www.sbmfc.org.br/wp-content/uploads/media/NHG%2043%20Dist%C3%BArbios%20da%20gl%C3%A2ndula%20tire%C3%B3ide(1).pdf
  3. MSD and the MSD Manuals: https://www.msdmanuals.com/home/hormonal-and-metabolic-disorders/thyroid-gland-disorders/overview-of-the-thyroid-gland
Marcos Santos, Ph.D
Biólogo molecular, pesquisador, doutor em genética humana e fundador da Onkos Diagnósticos Moleculares